…Vencemos juntos a prematuridade da Laís, nossa filha, em noites aterrorizantes que passamos em claro, e dias de extrema escuridão e desespero, sem a menor perspectiva de um futuro completo e de sorrisinhos banguelos e sinceros.
No fim das contas, porém, fizemos da dificuldade a nossa motivação, e hoje, quando paramos e olhamos nosso milagre correndo pela casa com o bumbum cheio de fraldas – e desfrutando a dádiva do amor infinito -, temos certeza de que nada foi em vão e que cada minuto que envolveu aqueles 80 dias de internação valeram (infinitamente) a pena.
Hoje é o Dia Mundial da Prematuridade, mas optei por uma foto sem a Laís propositalmente para valorizar nossa garra como pais dedicados que jamais desistiram da filha, mesmo durante um problema de saúde quase que irreversível.
Sinto orgulho em gritar ao mundo que também somos mais que vencedores, pois, na ocasião, sofremos e nos transportamos à UTI Neonatal com gritos mútuos e compartilhados a cada injeção que nossa bebê tomava ou a cada falta de ar que insistia em tomar conta da nossa bebê.
Eu viveria tudo de novo, e tenho certeza de que ela, minha esposa Fabi, também viveria se fosse preciso.
Agora, nossa função é sensibilizar as pessoas em torno dessa causa que, infelizmente, pode vir a ser parte da realidade de qualquer família.
Nossa luta não acabou por completo e a de muitos está somente começando.
É uma guerra que vai durar para sempre – e nós estaremos lá como bons soldados colocando nossas vidas em xeque se preciso.
A grande verdade é que, quando o filho nasce, deixamos de pertencer a nós mesmos!