Muito difícil estar diante de uma situação aparentemente tentadora e não ceder àqueles encantos que insistem em cruzar nosso destino para conduzir-nos a um provável caminho – negativamente – sem volta.
Mas a vida é feita dessas nuances mesmo, né? E a todo instante precisamos nos (com)provar resistentes, já que que são momentos assim que definem o quão fraco ou forte somos, e qual nossa capacidade em contar até 10 para seguir focado na linha de raciocínio que julgamos ser a correta desde sempre, sem deixar-se levar pelo (traíra) impulso do agora.
Existe uma técnica especial que todos podemos utilizar para o tal ‘respirar fundo’ ficar, não mais fácil (pq nunca é), e sim, nos apresentar como sendo pelo menos possível – o que já é um bom começo:
PENSAR – EM PRIMEIRO LUGAR – NAS PESSOAS QUE AMAMOS.
É clichê? Talvez seja mesmo. Mas a verdade é que não existe m nós o hábito em praticar essa primícia básica e, na boa? Não tem erro. Não há contras, apenas prós! #VaiPorMim
Quando, em alguma circunstância, estamos sob pressão, é natural que tomemos atitudes impensadas e/ou precipitadas para nos livrar logo daquele vazio ou tormento agonizante.
Por nós, torna-se indiferente fazer, não fazer, ou fazer de qualquer jeito.
Defeito? Jamais. Isso é característica. O ser humano é imediatista mesmo, batalha para que seus problemas sejam resolvidos ‘pra ontem’, e até pelo alto grau de doença do século (ansiedade) que carrega no peito, “gosta” de sofrer por antecipação com algo que jamais aconteceu ou acontecerá de fato.
EXEMPLO 1:
Vindas do interior, milhares de pessoas desembarcam diariamente nas grandes metrópoles vislumbrando sonhos e perspectivas, talvez até por entender que essa mudança possibilitará um desenvolvimento profissional mais acelerado e coeso, e consequentemente, ser surpreendido com a chance de levar esse progresso de vida aos pais que optaram por não seguir juntos e, portanto, se despediram ainda na rodoviária.
Baseado nisso, conversei recentemente com uma amiga que largou sua família (e toda vida que tinha) no interior de SP para apostar suas fichas na “indormível” megalópole Paulistana.
E o paradoxo que envolve o sonho em ‘vencer’ na cidade grande e o medo dessa solidão que grita pelo desejo em desistir e voltar para o campo, é o que esmaga seu coração e suas perspectivas de futuro – que se tornaram “labirintosas”.
Papo vai, papo vem… me intrometi nas dúvidas dessa minha amiga e comentei que, caso venha jogar tudo para o alto e regressar à antiga e pacata rotina, estará cometendo, provavelmente, o maior erro de sua recente vida, e esse equívoco impulsivo poderá lhe custar um destino deturpado daquele que ela um dia sonhou – e que seus pais também vislumbraram para quando estivesse mais crescidinha.
OU SEJA…
Se não desistir do sonho em ser feliz na cidade grande, quem será a maior beneficiada? Ela ou as pessoas que ama?
Indiscutivelmente, ELA!
Mas, por ela, a solidão tem sido tão latente que talvez não pensasse muito para levantar a bandeira do fracasso e voltar para o interior. Porém, o ‘FICO’ foi pelas pessoas que ama, então, vale 100% o esforço.
EXEMPLO 2:
Durante anos perambulei por vários lugares com as bandas das quais atuei como baterista, e, vez ou outra, nos camarins da vida tinha aquele variado cardápio de drogas disponíveis a pronta entrega.
Era quase unanimidade o incentivo dos ali presentes para que eu aproveitasse o momento, bebendo até cair, “dando um tiro” (cheirando cocaína) ou fumando um baseado (maconha), afinal, “não pegava nada”.
E, olha, me conhecendo bem (como acho que conheço) provavelmente não iria pegar nada mesmo. Mesmo assim, eu jamais quis arriscar seguir na direção de uma possivel rota sem escape pq imaginava no tamanho da decepção que aquilo causaria aos meus familiares.
OU SEJA…
Se eu não usei essas drogas que me foram oferecidas lá na adolescência, quem foi o maior beneficiado? Eu ou as pessoas que amo? Indiscutivelmente, EU!
Embora meus amores pudessem ter sido indiretamente atingidas, o maior prejudicado no futuro seria EU. Mas, talvez, por mim, eu até experimentaria e, quem sabe, poderia me tornar usuário. Porém, o ‘NÃO’ foi pelas pessoas que amo, então, vale 100% o esforço.
CONTAR ATÉ 10 NÃO É FÁCIL…
…mas é sim possível – desde que tu domines o próprio psicológico e mostre a ele que nesse tipo de armadilha você não cai mais. Até pq, quem é que manda nessa p****? Oras!
Melhor amiga em algumas situações, a mente nos leva do céu ao inferno em poucos minutos, podendo se transformar em nossa maior inimiga se não formos incisivos ao colocá-la no cabresto.
Não devemos fazer nada somente por nós, e sim, (principalmente) pelos nossos, pois aí nos tornaremos imunes ao fracasso e triunfaremos como imbatíveis realizadores.
PQ A ÚNICA COISA REALMENTE CAPAZ DE NOS MOLDAR É O AMOR…
…é o medo de perder a confiança de alguém próximo. É o receio em decepcionar um ente querido que sempre acreditou em nós e que, ocasionalmente, por causa de determinada postura, terá nosso respeito lançado à vala sem dó nem piedade.
Mais do que nossas próprias preferências e vontades, a confiança e a credibilidade dos nossos iguais tem um valor inestimável que nos faz, se for preciso, trilhar uma rota diferente daquela que inicialmente planejamos.
Olha… como sendo humanos temos inúmeros defeitos. Mas uma de nossas principais qualidades é ter a exata noção do quão valioso é o nosso nome, e toda luta que travamos dia após dia para mantê-lo intacto no hall das pessoas com quem nos importamos.
Não ligo de chorar em cima do preço de uma decisão que optei, mas não suporto ver quem eu amo chorando por causa de uma decisão mal pensada por mim.
E, na maioria das vezes, essas pessoas que amamos se decepcionam conosco não pq fizemos algo que vão prejudicá-las, e sim, por ser uma situação que prejudicará a nós mesmos – e então sofrem ao lidar com a possibilidade do nosso sofrimento, vendo que, assim como nós, eles também são culturalmente condicionados a zelar mais pelo próximo do que por si mesmo.
Desta forma, se pensarmos bem antes de decidir qualquer coisa por medo de frustrar quem amamos, estamos, de maneira automática, nos beneficiando diretamente com esse ligeiro instante de lucidez.
Até pq, é natural tratarmos com desdém nossas coisas e dedicar-se com mais zelo àquilo que nos emprestam, né? Máxima esta que, inclusive, vale para sentimentos ou também objetos.
Eu mesmo quando vou emprestar alguma coisa para alguém, costumo dizer à pessoa: “cuide dele como se fosse MEU, pq se você cuidar como se fosse TEU, vai quebrar!”
E isso não tem nem relação com um possível desleixo da pessoa. Está relacionado com a forma como TODOS NÓS conduzimos aquilo que nos pertence, entende?
Habitualmente damos importância superior ao que não é nosso e desvalorizamos aquilo que chamamos de ‘meu’.
SOMOS MOVIDOS PELO IMPULSO…
…e pela fantasia do ‘tudo de errado acontece comigo e preciso me livrar dessa dor agora!’, independente do preço que eu possa vir a pagar lá frente.
Talvez, se tivéssemos um pouco mais de equilíbrio para contar até 10, as consequências que levam nossa vaca para o brejo poderiam ser minimizadas ou até mesmo erradicadas na raiz. Mas, não. Geralmente não medimos esforços para nos ferrar pq somos realmente muito bons nisso.
Não temos inimizade com o que conhecemos por ‘autoprejudicial’ e nossas decisões acontecem por conta e risco pq também somos imbatíveis na arte de segurar o próprio B.O. Porém, isso até se por à mesa nossos grandes amores da vida. Aí, meu amigo, a coisa muda radicalmente de figura.
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