Pandemia global, vulcões em erupção, tsunamis, terremotos, incêndio em zona nuclear de Chernobyl, colapso econômico mundial, derretimento da Antártica e asteroide na rota. Tudo-Ao-Mesmo-Tempo-Agora!
Estes acontecimentos, atrelados a surpreendente regeneração da camada de ozônio, o inesperado encolhimento da poluição e a limpidez do céu nas megalópoles (que, de tão surreal, mais parecem o anúncio de uma nova era que não será desfrutada por todos), no faz refletir sobre um não descartável fato:
DEPOIS DE TANTO SOFRER COM UMA EXPLORAÇÃO COVARDE, DESENFREADA E DESRESPEITOSA, O PLANETA TERRA INICIOU PRA VALER O PROCESSO DE REGURGITAÇÃO ÀQUELE QUE SEMPRE FEZ QUESTÃO DE AGIR COMO SEU MAIOR INIMIGO DESDE SEMPRE: O SER HUMANO.
Única raça que mata por ódio e não instinto, o tal homo sapiens age como trator sem freio sobre os finitos recursos naturais ofertados de bom grado pela Mãe-Terra, já que devasta absolutamente tudo o que vê pela frente sem pensar no amanhã (que agora poderá realmente nem existir).
O que esperar de uma “civilização” que abate e consome animais de forma perversa apenas para alimentar seus luxos gastronômicos?
Que pinta de cinza tudo o que é verde, exterminando árvores e substituindo-as por concretos?
Que cospe na cara da natureza ao praticar, diariamente, o descarte inconsciente de toneladas de poluentes de todas as espécies, seja nos mares, rios, cidades, florestas ou desertos?
Mais do que uma sociedade que não sabe se comportar, uma sociedade que se julga imortal, incontestável e imprescindível. Por isso já não é mais bem-vinda à morada que lhe acolheu de abraços abertos e lhe ofereceu do bom e do melhor.
É como se, para conter seu ego disfarçado de necessidade, a humanidade tenha jogado a imunidade do planeta no limbo sem jamais ter se preocupado pra valer numa “vacina” que o protegesse de efeitos colaterais que, ao longo dos séculos, o fez definhar na unha.
No entanto, a lei do retorno é implacável.
Por isso, o universo tem dado sinais de que não suporta mais a existência de uma raça que, além de toda exploração mineral, animal e vegetal de que pratica, jamais fez questão em ser minimamente amigável, ou seja, em dar para receber ou, ao menos, oferecer contrapartidas positivas para amenizar tudo o que violou e saqueou desde Adão e Eva.
Numa disputa envolvendo ‘Terra’ VS ‘Humanidade’, Deus parece já ter feito sua escolha.
A humanidade é mortal. O planeta, não.
Isto posto, ou aprendemos a conviver com o meio ambiente feito gente, ou será um incontestável tchau e bênção.
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📷 Darin Kuntz/Barcroft Media/Getty Images