A figura paterna não pode ser considerada comum e/ou dispensável à vida do pequeno como se estivéssemos falando de uma pessoa qualquer e que pode facilmente ser substituída por outra. Não, não é.
E, principalmente na primeira década e meia de vida da cria, sua ausência pode machucar de um jeito bem mais profundo do que os adultos egoístas podem imaginar.
Quando um filho ou uma filha crescem sem esse espelho, sem a figura de segurança desse herói, ídolo e potencial melhor amigo, em médio/longo prazo criam-se feridas incicatrizáveis na alma, e, infelizmente, ela, a alma, é um cantinho de difícil acesso e que não se regenera com facilidade.
Pai: aproveite agora mesmo os melhores momentos para construir um universo sólido e de infinitas possibilidades ao seu filho, tornando-o corajoso, independente, perspicaz, inteligente, educado, respeitoso, altruísta e empático, cuja identidade seja alicerçada por valores fortes e intransponíveis. Estreite a relação de afeto e admiração. É seu legado. É o ser humano que dará continuidade ao que você luta e acredita nesse mundo;
Mãe: não importa o que tenha acontecido (ou o que venha acontecer) entre o pai e você, se ele nutre o desejo em ser presente na trajetória do filho, fomente os encontros e a convivência. Jamais proíba ou trabalhe pelo afastamento deles.
E isso não é favor, é direito.
E, mais do que um direito do pai, é um direito do filho.
Não seja o muro, o impecilho. Assim como você, mãe, o pai também é insubstituível – independentemente do empenho que exista em ti (ou avô/tio) para suprir essa figura.
Pq, quando um pai é proibido de ver o filho e participar de sua criação, a maior punição, acredite, não é para o homem feito. Alguém muito mais importante está sendo atingido e pagando caro por isso – mesmo sem merecer.