Não há palavras no vocabulário com potência suficiente ou qualquer escritor mais habilidoso que seja capaz de transcrever tal sentimento, pq ele transcende completamente as fronteiras, os idiomas, as classes sociais, os graus de proximidade, enfim… transcende esse plano espiritual e transversa a relação ‘humanos x humanos’ ou ‘animais x animais’.
O amor é muito, mas muito maior do que tudo isso. E, não importa sua configuração, ele, o amor, sempre que flagrado, deve ser reverenciado e reverberado, pois contagia e aquece o coração só de olhar.
O abraço, o beijo, o cafuné, o afago, o brilho na retina… alguns gestos tangibilizam o amor, mas não o traduzem integralmente, pq o segredo é indecifrável e fica guardado a sete chaves na camada mais profunda da alma dos que se permitem vivenciá-lo.
Jesse e Shurastey… conheci essa dupla ontem, infelizmente no pior contexto possível. De lá pra cá, pesquisando sobre a jornada de vida que contemplaram juntos, fui abduzido ao suprassumo do amor. Uma fiel relação de encher os olhos. Homem e cão, cúmplices de estrada, de aventuras, de vida, desfrutando o melhor que essa passagem poderia oferecer a qualquer ser vivo.
E pq falei tanto do amor e ao mesmo tempo não consegui concluir nada sobre ele?
Pq, embora vítimas de uma tragédia de cortar até o corações mais enrijecidos, a partida dos dois, juntos, é a materialização do amor verdadeiro e a certeza da continuidade ao infinito e além. Triste e belo quase que numa mesma proporção.
O amor verdadeiro é um sentimento foda demais, né?
Ele não permite que a viagem termine… nunca. ❤