Pensa numa noite especial pra caramba (para não falar outra coisa)!
Pois é. Foi uma dessa que vivi ontem no lançamento do meu livro, graças a Deus e a todos os que fizeram este ex-magrello sentir-se extremamente abençoado.
Dar à luz na lendária Livraria Cultura da Avenida Paulista foi mais uma daquelas audácias que pratico diariamente, sabe? Mas novamente encarei como outro um grande desafio da
carreira, da vida e, claramente, uma chance de inaugurar uma linda história em um lugar que nos traria uma carga de positividade absurda.
Desafio aceito, mas, poxa, será que vai alguém? Fiquei nesse choque desde que a data foi confirmada, ainda em outubro. E, sem demagogia? Pensei que fosse aparecer umas 20
pessoas e só. Depois, o evento do Face me surpreendeu e 129 pessoas confirmaram presença, além das 52 que mostraram interesse pelo evento.
Ok, legal… Contudo, mesmo assim pensei que menos da metade viria, já que era dia de semana, o pessoal sai do trabalho cansado, muita gente está em época de prova, alguns
acabam esquecendo e, para ajudar, a CBF colocou a final da Copa do Brasil (Palmeiras x Santos) no mesmo dia.
Com isso, imaginei abraçar no máximo umas 50 pessoas na noite de ontem e foi com essa expectativa que desembarquei no metrô Consolação rumo ao Conjunto Nacional na tarde do histórico (pra mim) dia 02.12.15.
Mas olha… me enganei – e muito (ainda bem!). Não tenho o número exato de presentes no lançamento, mas sei que os exemplares destinados ao lançamento se esgotaram em 20 minutos e muuuuuuuita gente ficou sem.
Por um lado é algo maravilhoso, pois chancela o sucesso que foi; Por outro, me sinto triste por muitas pessoas ter ido embora sem o exemplar mesmo vindo de longe.
De qualquer forma, no geral, sei que muitas pessoas foram dividir este momento com minha família e fechar com chave de ouro a saga de vitória da minha filha prematura. Foi como se um ciclo realmente tivesse se encerrado e dado vida a outro que se começa daqui pra frente.
Deus abençoe abundantemente todos que foram á Livraria Cultura ontem e todos os que não puderam ir, mas que emanaram energias positivas para o evento. Foi incrível ver pessoas tão amáveis, amigos, família e outros que conheci na hora, além da emoção de ouvir histórias de pais de prematuros que foram lá dividir a dor e a felicidade.
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Quando recebi a missão de Deus (acredito eu) para escrever essa obra visando ajudar outros pais, deu receio de não concretizá-la por ‘N’ motivos, já que muitas dificuldades
envolvem um projeto dessa magnitude. Uma delas (talvez a maior) era o “simples” ato de escrever mesmo, sabe? É um baú dolorido demais para ser aberto e cada parágrafo vinha
acompanhado de uma lágrima.
Parei a escrita e retomei algumas vezes apenas por saber que deveria cumprir essa missão. Por mais sofrimento que fosse reviver todas aquelas angústias, era necessário fazer
pela história de outros que precisariam da minha para seguir. Eu tinha que devolver para o mundo a bênção que recebi. Virou uma dívida de gratidão, e segundo minha filosofia
particular, quem não tem gratidão não tem caráter.
“Diamante no acrílico: entre a vida e o melhor dela” é voltado a um público-alvo muito específico e jamais tive (e nem tenho) a intenção de vender trilhões de exemplares. Sempre fui consciente de que poucos dariam bola para essas 190 páginas, e assim será – provavelmente. Mas isso pouco importa, desde que os exemplares cheguem às pessoas certas, àquelas que precisam de uma palavra de carinho provinda de um igual.
Contei com amigos-artistas-anjos-da-guarda que emprestaram seus talentos para, de forma voluntária, escreverem os nomes neste projeto. Fui pidão, bati nas portas e consegui
reunir profissionais de altíssimo nível, como o Estevão Branquinho, que fez o projeto da capa, o Renan Barbosa, que diagramou, a Vitória Fonseca, que ilustrou, a professora
Magda Cristina, que revisou atentamente e com amor cada linha e, por fim, a Denise Suguitani, que dedicou parte de seu precioso tempo para prefaciar brilhantemente à obra.
No mais, trabalhei incansavelmente atrás do restante para fazer esse livro sair do PC e ir para o papel. E acredite, não foi fácil.
Estou sem computador e sem internet em casa, então me desdobrei no celular mesmo para fazer da forma que desse. Apesar das limitações de infra, tudo foi feito com carinho e
pensado para ser plenamente satisfatório.
Fiz uma fan page, criei artes e textos, e corri atrás de editora feito um louco, sempre com intuito único de gritar para o mundo que eu vivi um milagre e que gostaria dizer isso
para quem passa pelo mesmo que passei, sabendo que o amor e a fé curam, que o bem não tem religião e que o impossível não existe.
Criei uma campanha de financiamento coletivo no Kickante e fiz o melhor que pude para montar uma página atrativa e oferecer boas recompensas. O saldo final não foi positivo e
puff… não deu muito certo. Eu não tinha tempo, grana, estrutura ou braço para divulgar de forma adequada a ideia e ela foi um fiasco, infelizmente.
Vejo como saudável compartilhar um fracasso pq a vitória só vem através de adversidades e são os erros que nos forçam a fazer diferente lá na frente.
Enfim, no Kickante alguns poucos contribuíram e entenderam a verdade que existia por trás disso tudo. Outros muitos, porém, acharam que ajudar o amigo a publicar seu livro não
lhes traria vantagem, mesmo que fosse apenas $15. Mal sabiam esses meros mortais que a palavra “vantagem” não faz parte do vocabulário desse pobre jornalista e, pasmem: a
intenção era mesmo contribuir de alguma forma com o mundo. Eita!
Aos 45 do segundo tempo, quando tudo parecia estar perdido, uma editora abençoada resolveu lançar o livro. A Lea Carvalho, da Mundo Contemporâneo/Metanoia, não poupou esforços para que publicássemos essa obra e passou a ser um ‘amigo do peito’ do projeto até agora.
Bom, sem mais delongas… Com “Diamante no acrílico: entre a vida e o melhor dela” já lançado, é hora de começar a trabalhar em dobro para que exemplares cheguem às mãos
daquelas pessoas pelas quais escrevi especialmente: pais e mães que sofrem com algum problema vivenciado pelo filho ou filha e que precisam de um case de milagre.
Vocês me ajudam com isso?