Quer ser feliz no amor? Mude. (ou vai morrer sozinho!)
Sabe pq alguns casamentos duram 50 anos ou mais?
Certamente não é pq são compostos por almas-gêmeas, e sim, por serem compostos por almas distintas que resolveram engolir o próprio ego e entenderam que são diferentes e que precisam ser adaptavelmente tolerantes. Simples.
O mais belo não é ter apenas que lidar com as qualidades do parceiro; o mais belo é ter sabedoria para lidar com os defeitos, pois é isso que vai determinar a durabilidade da relação.
O futuro afetivo não é uma matemática exata que possa ser medido, por exemplo, pelas páginas de uma revista “Capricho” ou pelas previsões de um (astrólogo) João Bidu da vida.
O universo que rege o amor e as relações de afeto é mais abrangente e possui muito mais nuances do que a mente humana pode imaginar.
Não tem essa de ‘meu número’ ou ‘tampa da minha panela’ ou o tal ‘encaixe perfeito’. Não há segredos para o amor se não o simples ato de amar.
O que existe é: pessoas mais tolerantes e pessoas menos tolerantes; pessoas mais turronas e pessoas mais flexíveis.
Se você (der sorte e) se relacionar com alguém tolerante, terá 50% do caminho andado. Aí, então, deverá cruzar os dedos para ser parte dessa completude, ou seja, torcer para que você seja os outros 50% de tolerância que falta para dar ‘match’ e seguir com sua relação de forma estável.
Todos podemos ser o par perfeito de alguém, desde que estejamos dispostos a mudar para então dividir momentos marcantes ao lado desse determinado alguém.
Do contrário, não seremos o par perfeito de ninguém e nem um bom par para qualquer alguém que seja.
O relacionamento começa a dar certo quando entendemos que nosso par é diferente de nós e achamos isso natural.
Mas, olha… não é na crise que isso será descoberto. Vocês vão ter que passar pela crise para conseguir absorver, mastigar, entender, internalizar e então tirar a venda dos olhos. A crise na relação nos cega para as qualidades e nos desperta para os defeitos do parceiro. Nenhuma decisão deve ser tomada durante um transtorno de convivência.
E apesar das especulações sobre a tal dificuldade de convivência (namoro, noivado ou casamento), não há como dizer quando será o ápice do desentendimento, até pq não conseguimos prever qual será o estopim causador das primeiras “discussões de relação” (ou ‘DR’ para os mais íntimos).
Algumas pesquisas apontam que a primeira grande crise acontece geralmente quando o casal está há dois anos juntos, período em que o gostosinho já não é mais tão gostosinho, e que os defeitos, até então camuflados, começam a dar às caras e criar um círculo vicioso de irritabilidade na dupla.
Sabe aquela história do ‘não adianta fazer tudo igual e esperar resultado diferente’? Pois é. Se quiser manter uma relação até a tal morte dar um basta, tu vai ter que se mostrar outro, entendeu? Não existe atalho para isso.
Por um lado: se você insistir nessa de ‘é meu jeito e não mudo por nada’ e ‘me conheceu assim, agora aguenta’ – certamente vai morrer em uma decadente carreira solo;
Por outro: se você resolver tomar juízo em prol de uma feliz vida a dois – vai envelhecer em uma dupla de sucesso.
Novamente o destino deu voltas e jogou a escolha no teu colo. É simples: quero ou não quero, aceito ou não aceito.
Casou? Esqueça a vida de solteiro. Não é prisão, é respeito. Não queira para o outro o que não deseja pra si. Não se trata de frouxidão, e sim, de empatia. E ela, a empatia, será sempre a primeira grande prova de amor.
Quanto mais tempo juntos, maior o desgaste e, consequentemente, maior a probabilidade do fim. Bem, pelo menos é isso o que dizem os “sábios” sobre o começo do fim dos relacionamentos amorosos, não é mesmo? Contudo, apesar dessa pitada de lucidez no fundo do pote, não é (nem de longe) uma verdade que deva ser levada ao ferro e fogo ou muito menos um parágrafo que mereça ser encerrado com ponto final.
Insisto na tese de que as vivências – sejam lá quais forem elas – são pessoais e intransferíveis, ou seja, caímos naquele clichê de que “ninguém vive das experiências dos outros” e que cada um poderá definir o destino através de escolhas e atitudes e, portanto, desfrutar de um final diferente do que outros viveram – para o bem ou para o mal.
O tempo médio para uma relação formada por fios descascados dar início às faíscas/curtos-circuitos varia de casal para casal, e a maturidade (ou a falta dela) é quem vai ditar a união até que a morte ou até que a primeira crise os separe.
Somos um diamante bruto que, nos caso de relação afetiva, precisa ser lapidado por nós mesmos.
Primeiro: porque ninguém é capaz de nos mudar;
Segundo: porque ser feliz é uma alternativa que deve partir sempre do maior interessado (ou seja, nós mesmos).
Não existe quem seja capaz de fazer a gente mudar, mas a gente é profissionalmente habilitado em mudar por um alguém especial. Tudo é uma questão de esforço e tentativas.
Não é tarefa fácil dar um gás na personalidade ou nos hábitos já condicionados na vida de solteiro, mas quem disse que seria? Quem foi o insano que proferiu aos quatro ventos que a felicidade cai no colo?
É difícil e requer uma força de vontade absurda, assim como qualquer mudança brusca na vida. Nós, humanos, somos muito resistentes às mudanças, mas o lado bom é que nossa capacidade em adaptar-se ao novo também é incrível. E quando essa mudança tem como propósito ser feliz, ela torna-se prioridade imediata. É progresso, meu amigo.
Vá lá, reflita, mude, cresça, ame, e seja feliz!
1 thought on “Até que a primeira crise os separe!”