Não importa o(s) filtro(s) ou qual cenário espetaculoso foi escolhido para figurar como pano de fundo daquele instante “especial” – criado para enfeitar nossa fuça e (talvez) compartilhar o que jamais vivenciou-se de fato.
No fim das contas, ele, O OLHAR, é quem terá a real missão de, botão por botão, despir com maestria nossa alma através do famoso choque de realidade, fincando os pés no asfalto e denunciando ao mundo o nível de veracidade em que essa tal vida se encontra, mesmo que a pose e o sorriso persiga um caminho totalmente contrário e/ou utópico.
Quando você dispõe um expressivo olhar na direção do infinito, ele não é em vão. Saiba que é naquele instante que sua verdadeira nudez vem à tona.
E o nu, embora controverso, é sublime, é lindo, é puro, e um importante condutor de paz e tranquilidade casado com pitadas de amor e coração-barra-verdade.
É natural que apreciemos com mais afinco o nu físico ao nu da alma. Somos bichos (escrotos) condicionados ao julgamento de livros pela capa.
Contudo, apesar de o exterior também dispor naturalmente de uma beleza sem igual, não se compara – em hipótese alguma – com a nudez da alma, esta que revela o eu ao outro de um jeito explícito e inteiro, sem poréns e ou muito menos photoshop.
Afinal, dinheiro, tênis, carro, maquiagens, pontos turísticos e baladas, ainda não são elementos fabricados com efetivo poder de camuflar as dores e os anseios que nossa retina insiste em denunciar ao próximo (independente do grau tecnológico aplicado à câmera de fotografia em questão).
Desta forma, sorria para a selfie e prepare aquele bico destilador de suprema felicidade. Mas, olha, não se preocupe com a legenda ou descrição, ok? Vai por mim, é algo indispensável.
Seu olhar é a melhor legenda sobre quem tu és e qual momento de vida tu desfrutas!
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