O que costuma dizer grande parte das pessoas que não têm problema em ser liderado em vez de liderar é: “Ah, mas eu não tenho vocação para ser dono do próprio negócio e, inclusive, não anseio em ser ‘patrão’!”
Ok. Entendo, e respeito.
Porém, ser empreendedor é muito mais do que uma simples questão de escolha, meu amigo.
Na vida empreendemos como nunca a todo instante, seja negociando (vendendo, comprando, trocando), arriscando, aprendendo, ensinando, transformando, gerundiando, compartilhando, nos relacionando, faturando ou, simplesmente, levando brabos prejuízos.
Além dos monstros que carregamos diariamente na pochete, somos morada de um organograma cheio de tentáculos subdivididos por sócios minoritários, cuja hierarquia é definida de um jeito não premeditada e de acordo com o grau de afinidade para com os que nos rodeiam de luz e afeto – responsáveis diretos pelo sorriso ou cara feia que distribuímos diariamente aos quatro ventos.
DESEJA DESFRUTAR A FELICIDADE E, COM ISSO, SER CONSIDERADO UMA PESSOA DE SUCESSO? SEGUINTE:
– Não tenha receio em ser audacioso e arriscar;
– Prefira fazer e dar errado do que não fazer;
– Não seja adepto de atrasos e preze pelo respeito aos que estão em seu aguardo. Seja pontual nos compromissos;
– Acredite em si e não deixe o medo dos outros se espelhar em você. Uma vez um amigo me disse: “o medo dos outros não são os teus medos”. Guardei essa frase. Guarde você também;
– Aprenda dizer ‘não’ com facilidade (e sem remorso) quando for preciso;
– Faça planos para o futuro e os coloque no papel de projetos prioritários. E, obviamente, sempre que possível faça-os rodar de verdade, conforme um bom e estruturado plano de negócios.
INDICADOR DE SUCESSO
Independente do contexto, corporativo ou social, o indicador daquilo que entendemos por sucesso será sempre a boa, imortal e eternamente jovem tal FELICIDADE.
E por isso nosso foco no objetivo deve ser extremamente pessoal e intransferível, afinal, quem mais deseja a minha felicidade do que eu mesmo?Ninguém e ponto.
Mas, chegar ao ápice da felicidade e ter culhão de proferir aos quatro ventos que se é uma vida/empresa de sucesso, certamente é a coisa mais difícil de toda nossa passagem desde o início, do nascimento até a morte.
Ser uma pessoa de sucesso, ou seja, feliz, é uma busca incessantemente eterna, repleta de poréns e curvas sinuosas que nos desviam o tempo todo do objetivo final de sorrir, amar e dormir como anjos.
Para viver tranquilamente sob as asas do triunfo precisamos sim de um comprometimento acima do normal. Na vida profissional, pessoas comuns não chegam aonde querem. E no âmbito pessoal não há uma vírgula de diferença.
Não é segredo para ninguém que, conseguir se diferenciar na multidão, é tarefa atribuída somente aos melhores.
E estar entre os melhores é o grande ‘X’ da questão, já que, ao mesmo tempo em que é para todo mundo, também sabemos não é para qualquer um.
Pequenas atitudes valorizam você no mercado da vida e o insere como referência positiva e disputada na bolsa de valores dos teus iguais que realmente valem a pena.
Sejamos top e encaremos nossa vida como uma estrutura de empresa. Desta forma, toda disciplina do empreendedorismo nos guiará ao sucesso sem dores e/ou insônia.
MATERNIDADE
Assim que, ainda na maternidade, o médico desfere um tapão em nossas nádegas minúsculas, nos tornamos, a partir daquela singela bordoada, sócios majoritários da própria existência.
É como se a maternidade fosse uma espécie de Sebrae, e o start à vida de ‘chefe’ tenha sido dado pra valer ali após nove meses fazendo reuniões de planejamento para amadurecer o embrião small que sairia do útero com potencial para, lá na frente, se tornar big.
Horas depois, no cartório mais próximo, é o momento de efetivar a primeira parte burocrática da coisa que, neste caso em específico, vem até antes do plano de negócios: abrir um CNPJ acompanhando da razão social e nome fantasia, ambos camuflados por um outro papel timbrado, cujo nome popular é ‘certidão de nascimento’.
TCHANAM! Começa – praticamente – ali uma incessante busca por aquilo que anos depois conheceremos por SUCESSO, tanto no âmbito pessoal/social quanto na esfera profissional que dará sustentação financeira.
INFÂNCIA
Durante a infância podemos nos considerar sim uma empresa de grande porte que atinge resultados excepcionais, diminui de um jeito considerável os custos e, consequentemente, converte sua existência em lucro abundante.
Pq a pureza dessa primeira fase em nossa trajetória nos faz feliz na simplicidade, então, mesmo se estivermos passando por uma fase delicadíssima, provavelmente a venceremos sem que isso nos cause um desespero seguido por decisões precipitadas.
Uma das premissas na personalidade de quem está iniciando a vida é o entender de forma subliminar (pero tranquila) que não é possível ser feliz sozinho e que nenhum resultado virá se as percepções estiverem banhadas no orgulho.
Os pequenos sabem que as melhores brincadeiras são aquelas praticamente em grupo, compartilhando as gargalhadas e exercitando o trabalho em equipe.
Não precisamos de dinheiro, falsidade, hipocrisia ou puxa-saquismo para sermos felizes quando crianças, e por isso temos milhões de saudades dessa época.
Não existe dúvidas de que tudo ali era verdadeiro e ungido com amor extremo.
E, quando nossa empresa/vida conquista a maioridade, tudo o que jamais fez falta passa a fazer, ou seja, começamos a valorizar inconscientemente a falsidade, a “hipocrisia positiva” e o puxa-saquismo, malefícios causados pela gana em conquistar dinheiro – essa folha mal diagramada que agora tomou o lugar da pureza, do amor, da compaixão e da empatia.
CLIENTES, FORNECEDORES E CONCORRENTES
Conforme acontece no mundo mágico do universo corporativo, somos sim rodeados por máquinas tecnológicas que evoluem para nos substituir aos poucos.
Contudo, hoje isso funciona somente até a página 2, já que nosso contato ainda é – em sua maior parte – com humanos, seres estes de carne e osso representados na figura de amigos, parentes, familiares, inimigos ou desconhecidos que, querendo ou não, convivemos todos os dias praticando a já clássica ‘política da boa vizinhança’.
Neste caso, não podemos classificá-los como ‘funcionários’, mas, sim, como clientes, fornecedores, concorrentes e, obviamente, sócios minoritários – pq não?
CLIENTES, pq a todo instante precisamos vender de alguma forma uma ideia ou até mesmo nossa índole, nossos valores e nosso jeito de ser.
Isso tudo faz parte do famoso marketing pessoal para que tenhamos facilidade em ser aceitos e considerados um alguém adequado para determinado grupo social no qual estamos ou desejamos estar inseridos;
FORNECEDORES, pq são os que nos fazem ser melhores humanos e profissionais dia após dia.
Neste caso, podemos exemplificar com nossos pais, que trabalham duro para educar e moldar nosso ‘plano de negócios’ ao infinito e além.
Outras pessoas que entram nesse nicho são os professores e também os ídolos famosos ou anônimos que temos como referência e influência para seguir determinado caminho que pode (ou não) reverter em consequências positivas;
CONCORRENTES, pq serão as pessoas que encontraremos na estrada da vida rivalizando uma oportunidade de trabalho ou um espaço naquele vestibular mega concorrido, por exemplo.
A concorrência em nossa vida particular (desde que saudável) tem uma importância ímpar, pois é ela quem nos fará buscar a excelência, estudar, evoluir, e jamais desistir de um objetivo -, até pq todo monopólio é burro, já que nos estagna em uma zona de conforto e.x.t.r.e.m.a.m.e.n.t.e perigosa.
Ps: e nunca é demais lembrar que concorrente não é sinônimo de inimigo. Não confunda obra de arte do mestre Picasso, com pica de aço do mestre de obras.
SÓCIO MINORITÁRIO
Bom, este cargo acaba sendo uma junção de todos os anteriores, até pq a própria vida jamais será impactada por uma atitude apenas nossa.
Todos os que afetam de alguma forma os ‘negócios’ podem ser considerados parte dele, por isso são popularmente conhecidos como sócios que, mesmo com menor poder de influência, um a um e pouco a pouco conseguem fazer barulho significativo em nossa trilha na busca pelo almejado sucesso.
Apesar disso, deve-se haver cuidado em não transferir as responsabilidades para um alguém que não carrega autoridade suficiente para bater o martelo.
Este papel é teu. Incompetência não deve ser terceirizada e o dono do defunto deve pegar sempre na cabeça.
Nesta reflexão, por exemplo, podemos dizer que tratar a vida como uma instituição é trabalhar incansavelmente em todos os departamentos e cargos, porque, lá no fim das contas, será você e Deus, sempre.
EM SUMA: Não existe atalho para tornar-se 100% empreendedor da própria vida. E essa matemática fecha simplesmente pq a solitude jamais será sinônimo de felicidade plena.
Sabe pq nos tornamos adultos melancólicos e frustrados? Pq pensamos ser autossuficientes e acreditamos que é possível encontrar a felicidade trabalhando ‘ME’ ao invés de ‘LTDA’ ou ‘S/A’. E a decadência ladeira abaixo começa exatamente por aí.