Publiquei recentemente um vídeo fazendo um apelo à classe política em prol da aprovação da PEC 181/15, visando a extensão da licença maternidade em caso de prematuridade, e tenho recebido algumas mensagens de repúdio à minha atitude, já que os rumos tomados por essa PEC foram totalmente contrárias ao que defendi/defendo, ou seja, a criminalização do aborto.
Como muitos de vocês sabem e acompanham, sou pai de uma prematurinha e já há alguns anos luto pela causa dos bebês prematuros.
Em nenhum momento cito no vídeo a questão da criminalização do aborto justamente pq não defendo a ideia, primeiro: pq não cabe a mim falar a respeito; segundo: pq não tenho uma opinião formada sobre o tema; terceiro: pq também fui pego de surpresa com a inclusão deste assunto no texto da PEC.
Acontece que, o texto da PEC, inicialmente voltado somente à causa dos prematuros, foi totalmente deturpado na Câmara, já que os deputados se aproveitaram de um motivo nobre (a extensão da licença maternidade no caso de prematuridade, que é exatamente o que defendo no vídeo) para incluir de forma covarde a questão do aborto.
Portanto, compreendam que nós, quem lutamos pela causa dos bebês e cuidadores de bebês prematuros, também fomos covardemente enganados e também estamos revoltados com a situação.
Segue o link da ONG ‘Prematuridade.com’ (goo.gl/8s2GRy), a qual represento no Estado de SP, que também emitiu uma nota oficial se posicionando e mencionando, inclusive, que, assim que tomamos conhecimento que havia sido inserido um tema diferente do que trata a PEC, enviamos ofícios, mensagens, comentários das redes sociais e e-mails aos deputados que integram a Comissão e, alguns, abordamos pessoalmente, para pedir que fossem retirados os trechos do relatório que desviavam da questão da licença-maternidade.
Estou ao dispor para quaisquer esclarecimentos adicionais.