Em tempo (e apenas para registro), venho somente para trazer minha decepção com Manuela d’Ávila, candidata derrotada à vice-presidência.
Ela, que vive com a camiseta ‘Lute como uma garota’, representava um fio de esperança às mulheres, principalmente diante de uma eleição cujo líder das pesquisas nunca fez questão de esconder seu “apreço” pelos direitos femininos.
Era uma luta ao cubo. Válida. Legítima. Por direitos. Por igualdade. Pelo fim dos privilégios masculinos. Por todas e por todos.
Uma representatividade que não merecia, em hipótese alguma, renúncia, arrego ou desistência, seja lá por quem fosse.
Talvez estivesse até nas mãos dela a oportunidade em colocar novamente a figura da mulher em seu devido lugar de direito: o topo! E muitos apostaram nisso.
No entanto… não lutou. Não honrou o lema que carrega no peito pra cima e pra baixo o tempo todo.
Pelo menos não como deveria, metendo os pés na porta e não aceitando condição inferior ao que conhecemos por protagonismo.
Até pq, depois de tanto esbravejar por mudanças e mesmo tendo plenas condições de sair com um resultado histórico, aceitou o medíocre papel de coadjuvante. De vice. De um homem.
A mesma posição de alternativa e não de prioridade que historicamente as mulheres sempre foram obrigadas em aceitar caladas.
Trocou o hipotético duvidoso pelo certo, este que, na verdade, desde o início sempre foi o certo e não o duvidoso, se analisarmos o cenário eleitoral na época de oficialização das candidaturas.
Não deu um pio a eleição toda. Merecia mais. Enfim, todos perdemos.