…quanto mais a sociedade pesquisar, ler, estudar e se permitir quebrar paradigmas religiosos, mais serão colocadas em xeque – ao longo dos próximos séculos – as existências de Deus, de Jesus Cristo, do Diabo, do Céu, do Inferno e, consequentemente, as veracidades da Bíblia e de outros livros que dispõem objetivos semelhantes.
Isto, porém, é claro, não significará em absoluto que não existam.
Fato é que uma nação culta carrega naturalmente consigo um espírito questionador que não permite absorver convicções sobre temas de que não foi efetivamente convencida.
Não faz verão a uma mente diferenciada um terceiro ler as escrituras, interpretá-las ao próprio modo e vender sem plausibilidade as “verdades” que acredita (ou não) como sendo absolutas.
Até pq, a Bíblia tornou-se, ao longo dos anos, um grande telefone sem fio em que a maioria dos homens que a pregam faz adaptações sempre de acordo com seus interesses pessoais.
E um povo perspicaz vai além.
Um povo que pensa não age por impulso. Um povo instruído não pratica ou apregoa o fanatismo. Um povo sábio desconfia até da própria sombra durante a busca por respostas que façam realmente algum sentido àquele enunciado.
A solidez de uma sociedade culta se dá quando ela compreende e aceita que o que move o mundo são perguntas e não respostas. E que, quando alguém disser ter respostas para tudo, é exatamente ali que o cuidado deverá ser redobrado.
Apesar disso tudo, ao mesmo tempo em que é o motivo de tantas guerras e mortes, a religião se faz indispensável ao atual sistema como um todo e (geralmente) também para a sobrevivência daqueles que conhecemos por “animais-racionais”, uma vez que parcela esmagadora da humanidade não conseguiria viver sem ter algo abstrato a que pudesse ter apego durante a dificuldade e no vislumbre por dias melhores.
ACREDITO QUE…
eu possa estar completamente equivocado acerca de tudo o que divaguei acima. E que bom.
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Ps: Sim. Eu (ainda) creio na existência de Deus, de Jesus Cristo, do Diabo, do Céu, do Inferno e nas escrituras bíblicas. Mas, ao contrário de anos passados, aprendi que o tal ‘questionar tabus historicamente irrevogáveis’ é imprescindível para melhorarmos a existência humana e, consequentemente, o mundo.
Além disso, reavaliar as próprias crenças não é blasfêmia, é amadurecimento.
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