O Brasil era tipo aquele melhor amigo de infância que a gente tinha intimidade, saca?
Saía na mão e depois de cinco minutos já se entendia, ria e chorava juntos, jogava video-game, batia golzinho com trave de chinelo, fazia lição de casa lado a lado, tomava banho de chuva nas valetas, dividia tubaína no saquinho, compartilhava voadoras quando alguém folgava, passava por debaixo da catraca no busão rachando o bico, almoçava e dormia na casa um do outro…
De repente, esse brother, que fez parte dos melhores momentos da nossa vida e cresceu com a gente, fica gravemente doente, com uma enfermidade sem cura, praticamente condenado, e então descobrimos que, infelizmente, somos mesmo mortais.
Embora cheio de problemas, o Brasil sempre foi um país foda, com pessoas fodas, acolhedoras, lutadoras e que, mesmo com ideologias distintas, não hesitavam em compartilhare seus pouquinhos uns com os outros, como uma xícara de açúcar ou um abraço de “tá embaçado, mas tamo junto!”.
Talvez nem o mais pessimista de nós imaginaria que fosse acontecer isso tudo que tá rolando com nosso melhor amigo de sempre.
Chega ser difícil acreditar que esse é o mesmo Brasil daquele outro, que vivemos, ao vivo e em cores, num passado nem tão distante, né?
Impossível identificar onde erramos e como esse “câncer terminal” se instaurou. Um ódio gratuito que colocou todos contra todos e que vem nos definhando na unha diariamente.
Muito triste ver no que o Brasil se transformou nesses últimos anos e, mais ainda, é desesperador imaginar o que ainda está por vir em curto-médio prazo.
O Brasil não merece o atual povo brasileiro… Somos, indiscutivelmente, a pior geração de brasileiros que já habitou por aqui. 😥