Já falei aqui sobre o tal ‘do it yourself’ (faça você mesmo) que passou a nortear minha vida em prol da realização de projetos que idealizo e que, principalmente em 2020, optei por não esperar por pessoas ou instituições que resolvessem apostar para tirá-los do papel. Definitivamente, sonho foi feito para ser realizado e não engavetado.
Por isso, decidi que, por acreditar em algumas ideias que já tinha, não haveria mais espaço à procrastinação, característica que tanto me acompanhou por anos e que age como “freio de mão” ao nosso desenvolvimento enquanto ser e profissional.
Percebi, enfim, que o melhor era mesmo concentrar toda minha energia positiva naquilo que o meu coração mandasse acreditar, abdicando, inclusive, de algumas coisas importantes, mas na consciência de que ‘cada escolha, uma renúncia (isso é a vida!)’, principalmente quando há propósito em redesenhar uma trajetória para que esta seja mais vitoriosa e permita mais dignidade e um melhor bem-estar a mim, às pessoas que amo, e ao mundo – em médio/longo prazo e de forma sustentável.
O ano começou com ‘Aspas Invisíveis’. Minha estreia no Youtube e frente às câmeras.
O objetivo? Dar voz para pessoas consideradas invisíveis pela sociedade.
Em dez edições, conversei com Gari, refugiado sírio, vítima de racismo, mulher que sofreu violência doméstica, homossexual, deficiente físico, filha abandonada, pessoa com depressão, enfermeira linha de frente e músico independente. Meu orgulho com este projeto é tão grande que não cabe no peito.
Em maio, meu terceiro livro ficou pronto: ‘Um pouco mais que 2 palitos’, que traz, em formato e-Book, um compilado dos artigos que publiquei nos últimos anos sob o tema inspiração. A 4ª obra, ‘Paternidade.doc’, também ficou pronta e conquistou contrato com uma editora que o lançará fisicamente, a Lumen Juris. Por uma questão óbvia de responsabilidade, precisou ter seu lançamento adiado para 2021 devido a pandemia.
Com a quarentena rolando, ainda fiz algumas lives muito marcantes e que proporcionaram trocas incríveis com pessoas que admiro, como esse da foto, Guto Goffi (batera e fundador do Barão Vermelho), além de Fábio Alexandrelli (filósofo), Aline Hennemann (ONG Prematuridade.com), Bob Felix (irmão e entusiasta da arte), e outras.
Em agosto, hora de falar sobre o maior amor do mundo. O formato Podcast foi o escolhido da vez por eu sempre ter tido o sonho em atuar com rádio. Era minha chance de mostrar (como sempre, do zero e sem qualquer apoio), mais essa faceta enquanto comunicador-idealizador.
Escrevo, roteirizo, produzo, convido, gravo, edito e divulgo. Deus e eu no sertão, literalmente.
O resultado me surpreendeu e chamou atenção da gigante Philips Avent – que passou a ser minha patrocinadora até então -, do Portal ‘O Beijo’, que passou a divulgar o programa nas TVs do Metrô e Trens de SP e RJ, e do Portal ‘Papo de Pai’, um dos principais sobre a temática no país, que também fortalece na disseminação.
Foram 21 episódios com entrevistados abrindo o coração sobre família e sentimentos íntimos relacionados ao mais genuíno amor que existe. Teve riso, choro, surpresa, arrepios, reflexão, introspecção, admiração, abraço à distância, enfim… o papo rolou solto com Rodrigo Hilbert, Caio Ribeiro, André Vasco, Canisso (Raimundos), Marcão (Charlie Brown Jr), Dani Weksler (NX Zero/Pitty), Fauzi Beydoun (Tribo de Jah), Rodrigo Lima (Dead Fish), André Fran (jornalista Globo News e Multishow), Daniel Ferro (diretor de TV e Cinema), Celia Catunda (criadora d’O Show da Luna e Peixonauta), Gabriel ‘Bil’ (Zander), banda Sr. Banana e Renato Godá (cantor e compositor).
Além das figuras públicas, pais ‘anônimos’ e especialistas humanizaram e enriqueceram ainda mais o Podcast ao compartilharem vivências sobre temas de grande relevância social. Por exemplo: ‘como criar filhos em um mundo racista’, ‘machismo e masculinidade tóxica’, ‘Covid-19 entre crianças’, ‘saúde mental dos pequenos (e dos pais)’, ‘paternidade solo’, ‘desafios de um pai na jornada da prematuridade’, etc.
Em meio a todos esses projetos paralelos, fiz poesias, escrevi dezenas de artigos e continuei, durante todo o ano, atuando na comunicação do Senac SP e ofertando o melhor de mim em todos os dias úteis e comerciais em prol da instituição. Parceria que se estenderá no próximo ano, já que ser profissional “fixo” de uma empresa com esse nível de responsabilidade social, e por eu ser um homem movido por propósitos, é uma das coisas que me mantém vivo e feliz.
Ufa!… é isso. Achei justo vir compartilhar um pouco do meu ano profissional com vocês, uma vez que alguns aqui torcem e consomem meu trabalho com o coração. Quero agradecer demais por toda força na certeza de que é só o começo. Continuo contando com todos e torcendo para que nossa comunidade só aumente daqui pra frente. Não me abandonem.
Feliz 2021 a todos, com muita saúde, paz, amor e sucesso.
Que Deus abençoe o ano da família de vocês.
Se cuidem.
Seguiremos juntos! 💜