A partida precoce e repentina de Taylor Hawkins é uma porrada incicatrizável à música.
Além de um batera técnicamente impecável, a energia que explodia de suas baquetas quando estava em ação pelo Foo Fighters era uma parada extremamente visceral e contagiava imediatamente qualquer espectador.
Chegava ser hipnótico vê-lo tocando apaixonadamente seu instrumento, tanto que era natural sair de um show deles e pensar: “quero aprender tocar bateria também!”. Com ele tudo parecia fácil. Um músico nato que influenciava sem precisar abrir a boca, apenas com o talento e o carisma. Um dos gigantes de sua geração, que influenciou outros gigantes mais jovens e conquistou o respeito dos mais experientes.
Sorridente e criativo, formou com Dave Grohl uma das grandes duplas do rock mundial quando estavam ao vivo. Era nítida a sintonia de ambos no palco. Aliás, Grohl deve estar mesmo devastado, pq, além do braço direito no trabalho, ele perde principalmente um grande amigo com quem dividiu seus dias mais incríveis nessa passagem.
Enfim, o tal do ‘insubstituível” se aplica muito a Hawkins, por isso o Foo Fighters nunca mais será o mesmo, infelizmente. Mas a torcida é para que os integrantes não percam as forças e nem o desejo em continuar nos presenteando com suas artes em tempos tão sombrios.
E fecho como abri (para endossar): sua partida precoce e repentina é uma porrada incicatrizável à música.