Este, na imagem, é o tema da Live que tô armando pra Semana dos Pais, lá no Instagram.
Um momento para falarmos menos dos filhos e mais de nós, homens, que verdadeiramente precisamos ser “reeducados” para, todos os dias, combatermos não apenas o machismo, que faz mal às nossas companheiras, mas também à masculinidade tóxica, de que fomos submetidos na infância e que hoje é a grande causadora de nossas dores e fragilidades na alma.
Nos primeiros anos de vida, ouvimos coisas do naipe “homem não chora”, “homem não brinca de bonecas”, “homem não veste rosa” e “blá, blá, blá…”. Frases que, quando ditas por um adulto à criança, se tornam referências do que é o ‘correto’ a ser seguido dali em diante se o pequeno desejar ser aceito pelo mundo quando for grande.
São inúmeras as baboseiras e estereótipos que a sociedade nos impõe como verdades absolutas e regras invioláveis, sob o peso de sermos julgados e termos nossas identidades contestadas publicamente.
O dedo em riste direcionado à fuça do guri que está em formação não permite um diálogo ou, menos ainda, um questionamento. Pq a sociedade masculina é exatamente isso mesmo: historicamente autoritária, patriarcal, covarde e nojenta – com as mulheres e consigo própria.
E, quando a paternidade vem, não raras vezes desperdiçamos a chance de fazer diferente, pois continuamos perpetuando com nossos pequenos aquilo que nos fez tanto mal por anos.
“De consumidor a fornecedor”, “minha filha só vai namorar com 50 anos” e “meu filho vai comer todas”, são algumas das idiotices machistas que começam a dar às caras no Whatsapp, no bar e no futebol com os amigos, e que, embora ditas em tons de piadas, desembocam em cânceres sociais como violência contra a mulher e desigualdade de gênero.
Por isso tudo, refletir é preciso. A verdade é que não há mais lugar para esse tipo de herança babaca e até criminosa, principalmente em 2022, onde a informação é mais acessível e as rodas de conversas já estão por quase todos os lados.
Aliás, ser babaca, essencialmente nas grandes metrópoles, já é quase uma situação opcional, não é mesmo?
Se queremos entregar ao mundo filhos melhores do que fomos, é preciso, antes mesmo de sermos bons pais, nos tornarmos pessoas mais compreensivas também com nossos contextos, e nos permitirmos a uma desconstrução de paradigmas em prol dos outros.
Bora trocar então?
Anote aí na agenda: Live dia 10 de agosto, às 18h30, aqui no Instagram (em breve informo os nomes que estarão comigo nessa).
Divulgue, envie seu comentário, depoimento, agregue valor ao debate… vamos juntos transformar nosso redor para tentar furar essa microbolha e, quem sabe, alcançar mais corações comprometidos com o futuro de forma coletiva.